É incrivél como as pessoas passam o ano todo em vão, dias corridos e desculpas atrapalhadas omitem histórias inacabadas.
Uns caminham para um lado e outros para outro, mas todos acabam no mesmo caminho. Um último dia, uma única data, uma única razão, move corações, nações que buscam a mesma causa, viver uma vida melhor. As promessas são inúmeras, as listas de obstáculos a quebrarem aumenta ao longo dos anos, as lágrimas simbolizam o que as palavras não conseguem mais exemplificar, todo o universo conspira como se todo o ano fosse resumido em um único dia, os símbolos da paz são trocados ou duplicados, as necessidades são esquecidas, os miseráveis são reconhecidos por sua vida de dor, as pessoas se compadecem, os corações parecem aumentar, os sentimentos se multiplicam e a vida se resume em pedidos mirabolantes que combinem com a cor da roupa.
Eita mundo inconveniente!!!
Só me pergunto, o que acontece com o resto do ano?
***Comemorar a vida é vivê-la dia a dia, e não resumi-la em um dia de promessas e esquecimentos.Por mais que tenhamos pressa o mundo só dá uma volta por dia, então vamos aproveitar a volta completa, e nos tornar útil.***
sábado, 29 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
"Lágrimas em vão..."
Me pego parada aqui novamente, escolhendo palavras para expressar o que sinto. É complicado querer resumir a vida, como tento todos os dias fazer, olhar o passado e analisar como se existissem fatos para serem analisados. Sei que vivi muito, mas isso não quer dizer que tenha aprendido muito, ou pelo menos que tenha gostado de tudo que aprendi com a vida. Questiono sim, muitas coisas que acontecem, não só comigo mas com o mundo, não consigo ser tão hipócrita a ponto de passar pela vida sem percebê-la, de ver pessoas tristes e não ajudá-las, de não questionar a cada pão no meu café, por que existem pessoas que nunca souberam ou saberão o que isso significa? Quando me pego chorando como ontem, ou como hoje, coloco na balança da vida, se é justo derramar tais lágrimas, será que meu sofrimento não é injusto? Será que devo realmente me desanimar com coisas futéis. " Humanos Demasiados Humanos" somos mesmo, por que existem tantas pessoas com sofrimentos reais e maiores, não, não tenho o direito de reclamar a minha existência, mas sim o porque de não usa-la para o bem do próximo, tentar ao menos aliviar o sofrimento de pessoas que nem lágrimas tem para derramar. Dou graças a Deus por conseguir chegar até aqui, mesmo sem saber qual o destino final, peço todos os dias força, somente para conseguir melhorar ao menos um pouco este tão injusto mundo.
domingo, 16 de dezembro de 2007
"Refletindo sobre a vida"
Quando leio Nietzsche me acalmo, por saber que existiu alguém muito mais louco do que eu...rs
Pensar na vida é aprender a vivê-la, rascunhando para não cometer erros grotescos, mas nem sempre isto nos é suficiente, uma vez que "Humanos Demasiados Humanos", somos.
Vivemos muitas vezes sem ao menos imaginar que estamos vivendo, acordar, respirar, cumprimentar, amar são atos simples, alguns passageiros que não nos damos conta quando se vão.
Abramos os olhos, pois num piscar de olhos a vida se vai, as pessoas se vão e nada podemos fazer.
Não perder as oportunidades, alguém com certeza já nos disse isso, mas será que estamos colocando em prática?
Será que estamos observando, refletindo sobre nossas vidas? A ponto de não perder as oportunidades que ela nos dispõe?
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
" Lei Maria da Penha"
Já era tarde quando Maria colocava os filhos para dormir, eram sete filhos no total, mas um morreu há um mês de desnutrição. Os seis filhos dormem juntos, como um ninho de gatos, eles tem idades muito próximas, o que nos leva a crer que Maria manteve-se grávida por muito tempo. Mesmo assim não se manteve segura de seu marido.
Jeremias era um homem, corpulento, trabalhou muito no passado, agora a bebida não o deixa mais, vive constantemente embriagado e tem um comportamento muito agressivo com sua família.
Vinte e cinco anos de casado um relacionamento frio, por vezes sombrio. "Maria não é mais a mesma", questiona Jeremias.Em contrapartida Maria se explica, "Com tantas tarefas doméstica, e após sete partos fica dificíl ser a mesma".
Maria está cansada, desistiu de ser mãe na terceira gestação, mas nunca conheceu metódos contraceptivos, além do mais Jeremias acredita que a função da mulher é essa, de procriar e satisfazer a vontade do homem.
Todas as noites Maria se esconde no ninho de seus filhos, não aguenta mais ser procurada e forçada a comparecer sexualmente, não suportaria mais um parto.Com isso Jeremias permanece mais tempo fora de casa, e nem mesmo se sabe aonde.
Quando ele chega é um tormento, as crianças já conhecem por isso fingem dormir, enquanto sua mãe é obrigada a levantar para mais uma briga diária, e o desfecho só Maria sabe como é. Após sessões inesgotáveis de socos e pontapés Maria levanta-se quase desfalecida para cuidar de seus ferimentos, nem chorar ela consegue mais, pois suas lágrimas cessaram ao longo dos anos.
"Pobre Maria, ou pobre "Marias", que lutam para sobreviver em meio a este mundo de egoísmo e violência?
Quantas cenas como essa precisaram ser narradas e protagonizadas para que a direção desse filme da vida real, caísse na real? Quantos filhos de Jeremias e Marias por este mundo, carregaram estes " scripts"e talvez o duplicaram ao longo desses anos?
Mas agora ao menos algumas Marias conseguiram se libertar desta angústia, e tentarão uma vida mais digna. Esta é minha forma de parabenizar a Lei 11.340 - mais conhecida como Lei Maria da Penha, que passa a considerar crime penal e inafiançável, a violência doméstica e familiar contra a mulher, seja psicológica, física ou moral.
Mesmo que seja útopico acreditar que o mundo pode ser melhor, eu acredito e sigo em frente...
Jeremias era um homem, corpulento, trabalhou muito no passado, agora a bebida não o deixa mais, vive constantemente embriagado e tem um comportamento muito agressivo com sua família.
Vinte e cinco anos de casado um relacionamento frio, por vezes sombrio. "Maria não é mais a mesma", questiona Jeremias.Em contrapartida Maria se explica, "Com tantas tarefas doméstica, e após sete partos fica dificíl ser a mesma".
Maria está cansada, desistiu de ser mãe na terceira gestação, mas nunca conheceu metódos contraceptivos, além do mais Jeremias acredita que a função da mulher é essa, de procriar e satisfazer a vontade do homem.
Todas as noites Maria se esconde no ninho de seus filhos, não aguenta mais ser procurada e forçada a comparecer sexualmente, não suportaria mais um parto.Com isso Jeremias permanece mais tempo fora de casa, e nem mesmo se sabe aonde.
Quando ele chega é um tormento, as crianças já conhecem por isso fingem dormir, enquanto sua mãe é obrigada a levantar para mais uma briga diária, e o desfecho só Maria sabe como é. Após sessões inesgotáveis de socos e pontapés Maria levanta-se quase desfalecida para cuidar de seus ferimentos, nem chorar ela consegue mais, pois suas lágrimas cessaram ao longo dos anos.
"Pobre Maria, ou pobre "Marias", que lutam para sobreviver em meio a este mundo de egoísmo e violência?
Quantas cenas como essa precisaram ser narradas e protagonizadas para que a direção desse filme da vida real, caísse na real? Quantos filhos de Jeremias e Marias por este mundo, carregaram estes " scripts"e talvez o duplicaram ao longo desses anos?
Mas agora ao menos algumas Marias conseguiram se libertar desta angústia, e tentarão uma vida mais digna. Esta é minha forma de parabenizar a Lei 11.340 - mais conhecida como Lei Maria da Penha, que passa a considerar crime penal e inafiançável, a violência doméstica e familiar contra a mulher, seja psicológica, física ou moral.
Mesmo que seja útopico acreditar que o mundo pode ser melhor, eu acredito e sigo em frente...
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
"A Grande Solidão"
Sozinhos nascemos. Sozinhos morremos.
Assim é, assim sempre será.
E morrer, como todos sabem, é uma grande chatice. Algo que não se evita, infelizmente.
Nem malhando em academia e deixando de fumar. O ruim da morte é que evita a continuidade de nossos queixumes e esperanças.
Mas tem sim, uma coisa pior que a grande e afiada foice. É a morte em vida aquela que permitimos, autorizamos, mas não deixamos rolar.
Me refiro, denúncio, essa morte estúpida e cotidiana de nada fazermos para romper a solidão. A minha, a sua, a de todos nós.
Custa pegar o telefone? Custa tanto assim abrir a porta? Custa algum dinheiro irmos ao encontro do outro?
Custa sim. Custa tanto que poucos fazem, preferindo se encapsular, como disse Fernando Pessoa, em sua própria cabeça me refúgio em meus pensamentos e excluo o Outro de meu mundo. Simples assim.Cruel assim. Meio masoquista, meio sádico. Afinal, o Outro não entende, não compreende, me abraça.
Meus problemas são meus e ponto final.
Existe coisa mais estúpida que essa? Que tipo de animal somos nós que acha a solidão uma forma de defesa. Algum meteorito caiu sobre nossos genes e alterou nosso existir no mundo?
O que existe de tão terrivél em abrir nossa alma, escancarar nosso coração.Nos entregar a braços e corpos estranhos?
Será que ser frágil e finito e humano é mesmo uma fraqueza?
Nós esquisitos humanos, por meios culturais ou genéticos, conseguimos o que parecia impossivél: sermos um organismo vivo que renega outro organismo vivo.
Por isso colamos rótulos de inimigos na testa de quase todo mundo.
Mas a verdade é uma só e se sobrepõe a tudo: Se estou sozinho, estou morto.
Orgulhoso Zumbi.
É minha culpa, minha responsabilidade. Cabe a mim tomar uma providência já, agora. Será que sou capaz de fazer isso?
Ou vou continuar esperando que o Outro tome a iniciativa?
( Ulisses Tavares - Revista Caros Amigos)
" Decidi colocar este texto aqui, porque passei a semana toda pensando neste assunto, e não conseguia escrever sobre ele, quando li este texto me encontrei, achei o que queria dizer nas palavras de outra pessoa, fica ai como uma reflexão e espero ser útil."
Assim é, assim sempre será.
E morrer, como todos sabem, é uma grande chatice. Algo que não se evita, infelizmente.
Nem malhando em academia e deixando de fumar. O ruim da morte é que evita a continuidade de nossos queixumes e esperanças.
Mas tem sim, uma coisa pior que a grande e afiada foice. É a morte em vida aquela que permitimos, autorizamos, mas não deixamos rolar.
Me refiro, denúncio, essa morte estúpida e cotidiana de nada fazermos para romper a solidão. A minha, a sua, a de todos nós.
Custa pegar o telefone? Custa tanto assim abrir a porta? Custa algum dinheiro irmos ao encontro do outro?
Custa sim. Custa tanto que poucos fazem, preferindo se encapsular, como disse Fernando Pessoa, em sua própria cabeça me refúgio em meus pensamentos e excluo o Outro de meu mundo. Simples assim.Cruel assim. Meio masoquista, meio sádico. Afinal, o Outro não entende, não compreende, me abraça.
Meus problemas são meus e ponto final.
Existe coisa mais estúpida que essa? Que tipo de animal somos nós que acha a solidão uma forma de defesa. Algum meteorito caiu sobre nossos genes e alterou nosso existir no mundo?
O que existe de tão terrivél em abrir nossa alma, escancarar nosso coração.Nos entregar a braços e corpos estranhos?
Será que ser frágil e finito e humano é mesmo uma fraqueza?
Nós esquisitos humanos, por meios culturais ou genéticos, conseguimos o que parecia impossivél: sermos um organismo vivo que renega outro organismo vivo.
Por isso colamos rótulos de inimigos na testa de quase todo mundo.
Mas a verdade é uma só e se sobrepõe a tudo: Se estou sozinho, estou morto.
Orgulhoso Zumbi.
É minha culpa, minha responsabilidade. Cabe a mim tomar uma providência já, agora. Será que sou capaz de fazer isso?
Ou vou continuar esperando que o Outro tome a iniciativa?
( Ulisses Tavares - Revista Caros Amigos)
" Decidi colocar este texto aqui, porque passei a semana toda pensando neste assunto, e não conseguia escrever sobre ele, quando li este texto me encontrei, achei o que queria dizer nas palavras de outra pessoa, fica ai como uma reflexão e espero ser útil."
Assinar:
Postagens (Atom)