sábado, 29 de dezembro de 2007

"O Ano Novo"

É incrivél como as pessoas passam o ano todo em vão, dias corridos e desculpas atrapalhadas omitem histórias inacabadas.
Uns caminham para um lado e outros para outro, mas todos acabam no mesmo caminho. Um último dia, uma única data, uma única razão, move corações, nações que buscam a mesma causa, viver uma vida melhor. As promessas são inúmeras, as listas de obstáculos a quebrarem aumenta ao longo dos anos, as lágrimas simbolizam o que as palavras não conseguem mais exemplificar, todo o universo conspira como se todo o ano fosse resumido em um único dia, os símbolos da paz são trocados ou duplicados, as necessidades são esquecidas, os miseráveis são reconhecidos por sua vida de dor, as pessoas se compadecem, os corações parecem aumentar, os sentimentos se multiplicam e a vida se resume em pedidos mirabolantes que combinem com a cor da roupa.
Eita mundo inconveniente!!!
Só me pergunto, o que acontece com o resto do ano?

***Comemorar a vida é vivê-la dia a dia, e não resumi-la em um dia de promessas e esquecimentos.Por mais que tenhamos pressa o mundo só dá uma volta por dia, então vamos aproveitar a volta completa, e nos tornar útil.***

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"Lágrimas em vão..."


Me pego parada aqui novamente, escolhendo palavras para expressar o que sinto. É complicado querer resumir a vida, como tento todos os dias fazer, olhar o passado e analisar como se existissem fatos para serem analisados. Sei que vivi muito, mas isso não quer dizer que tenha aprendido muito, ou pelo menos que tenha gostado de tudo que aprendi com a vida. Questiono sim, muitas coisas que acontecem, não só comigo mas com o mundo, não consigo ser tão hipócrita a ponto de passar pela vida sem percebê-la, de ver pessoas tristes e não ajudá-las, de não questionar a cada pão no meu café, por que existem pessoas que nunca souberam ou saberão o que isso significa? Quando me pego chorando como ontem, ou como hoje, coloco na balança da vida, se é justo derramar tais lágrimas, será que meu sofrimento não é injusto? Será que devo realmente me desanimar com coisas futéis. " Humanos Demasiados Humanos" somos mesmo, por que existem tantas pessoas com sofrimentos reais e maiores, não, não tenho o direito de reclamar a minha existência, mas sim o porque de não usa-la para o bem do próximo, tentar ao menos aliviar o sofrimento de pessoas que nem lágrimas tem para derramar. Dou graças a Deus por conseguir chegar até aqui, mesmo sem saber qual o destino final, peço todos os dias força, somente para conseguir melhorar ao menos um pouco este tão injusto mundo.

domingo, 16 de dezembro de 2007

"Refletindo sobre a vida"


Quando leio Nietzsche me acalmo, por saber que existiu alguém muito mais louco do que eu...rs
Pensar na vida é aprender a vivê-la, rascunhando para não cometer erros grotescos, mas nem sempre isto nos é suficiente, uma vez que "Humanos Demasiados Humanos", somos.
Vivemos muitas vezes sem ao menos imaginar que estamos vivendo, acordar, respirar, cumprimentar, amar são atos simples, alguns passageiros que não nos damos conta quando se vão.
Abramos os olhos, pois num piscar de olhos a vida se vai, as pessoas se vão e nada podemos fazer.
Não perder as oportunidades, alguém com certeza já nos disse isso, mas será que estamos colocando em prática?
Será que estamos observando, refletindo sobre nossas vidas? A ponto de não perder as oportunidades que ela nos dispõe?



terça-feira, 11 de dezembro de 2007

" Lei Maria da Penha"

Já era tarde quando Maria colocava os filhos para dormir, eram sete filhos no total, mas um morreu há um mês de desnutrição. Os seis filhos dormem juntos, como um ninho de gatos, eles tem idades muito próximas, o que nos leva a crer que Maria manteve-se grávida por muito tempo. Mesmo assim não se manteve segura de seu marido.
Jeremias era um homem, corpulento, trabalhou muito no passado, agora a bebida não o deixa mais, vive constantemente embriagado e tem um comportamento muito agressivo com sua família.
Vinte e cinco anos de casado um relacionamento frio, por vezes sombrio. "Maria não é mais a mesma", questiona Jeremias.Em contrapartida Maria se explica, "Com tantas tarefas doméstica, e após sete partos fica dificíl ser a mesma".
Maria está cansada, desistiu de ser mãe na terceira gestação, mas nunca conheceu metódos contraceptivos, além do mais Jeremias acredita que a função da mulher é essa, de procriar e satisfazer a vontade do homem.
Todas as noites Maria se esconde no ninho de seus filhos, não aguenta mais ser procurada e forçada a comparecer sexualmente, não suportaria mais um parto.Com isso Jeremias permanece mais tempo fora de casa, e nem mesmo se sabe aonde.
Quando ele chega é um tormento, as crianças já conhecem por isso fingem dormir, enquanto sua mãe é obrigada a levantar para mais uma briga diária, e o desfecho só Maria sabe como é. Após sessões inesgotáveis de socos e pontapés Maria levanta-se quase desfalecida para cuidar de seus ferimentos, nem chorar ela consegue mais, pois suas lágrimas cessaram ao longo dos anos.
"Pobre Maria, ou pobre "Marias", que lutam para sobreviver em meio a este mundo de egoísmo e violência?
Quantas cenas como essa precisaram ser narradas e protagonizadas para que a direção desse filme da vida real, caísse na real? Quantos filhos de Jeremias e Marias por este mundo, carregaram estes " scripts"e talvez o duplicaram ao longo desses anos?
Mas agora ao menos algumas Marias conseguiram se libertar desta angústia, e tentarão uma vida mais digna. Esta é minha forma de parabenizar a Lei 11.340 - mais conhecida como Lei Maria da Penha, que passa a considerar crime penal e inafiançável, a violência doméstica e familiar contra a mulher, seja psicológica, física ou moral.
Mesmo que seja útopico acreditar que o mundo pode ser melhor, eu acredito e sigo em frente...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

"A Grande Solidão"

Sozinhos nascemos. Sozinhos morremos.
Assim é, assim sempre será.
E morrer, como todos sabem, é uma grande chatice. Algo que não se evita, infelizmente.
Nem malhando em academia e deixando de fumar. O ruim da morte é que evita a continuidade de nossos queixumes e esperanças.
Mas tem sim, uma coisa pior que a grande e afiada foice. É a morte em vida aquela que permitimos, autorizamos, mas não deixamos rolar.
Me refiro, denúncio, essa morte estúpida e cotidiana de nada fazermos para romper a solidão. A minha, a sua, a de todos nós.
Custa pegar o telefone? Custa tanto assim abrir a porta? Custa algum dinheiro irmos ao encontro do outro?
Custa sim. Custa tanto que poucos fazem, preferindo se encapsular, como disse Fernando Pessoa, em sua própria cabeça me refúgio em meus pensamentos e excluo o Outro de meu mundo. Simples assim.Cruel assim. Meio masoquista, meio sádico. Afinal, o Outro não entende, não compreende, me abraça.
Meus problemas são meus e ponto final.
Existe coisa mais estúpida que essa? Que tipo de animal somos nós que acha a solidão uma forma de defesa. Algum meteorito caiu sobre nossos genes e alterou nosso existir no mundo?
O que existe de tão terrivél em abrir nossa alma, escancarar nosso coração.Nos entregar a braços e corpos estranhos?
Será que ser frágil e finito e humano é mesmo uma fraqueza?
Nós esquisitos humanos, por meios culturais ou genéticos, conseguimos o que parecia impossivél: sermos um organismo vivo que renega outro organismo vivo.
Por isso colamos rótulos de inimigos na testa de quase todo mundo.
Mas a verdade é uma só e se sobrepõe a tudo: Se estou sozinho, estou morto.
Orgulhoso Zumbi.
É minha culpa, minha responsabilidade. Cabe a mim tomar uma providência já, agora. Será que sou capaz de fazer isso?
Ou vou continuar esperando que o Outro tome a iniciativa?
( Ulisses Tavares - Revista Caros Amigos)

" Decidi colocar este texto aqui, porque passei a semana toda pensando neste assunto, e não conseguia escrever sobre ele, quando li este texto me encontrei, achei o que queria dizer nas palavras de outra pessoa, fica ai como uma reflexão e espero ser útil."

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"Sem direito de escolha"

Lendo " Caros Amigos" esta semana, na qual falava da liberação do aborto gratuito em Portugal,fiquei chocada.
Como podem tratar tal assunto com tamanha facilidade, entitulam o tema como: IVG - Interrupção Voluntária da Gravidez.
Voluntariamente, alguém tira o direito de vida de outra pessoa, sem essa ao menos saber o que isso significa.
Sem contar na facilidade que este ato esta gerando nas mulheres deste país.Muitas mulheres agora recorrem aos diversos hospitais públicos autorizados a atuarem no IVG, com desculpas supérfluas como: " não quero ter mais um filho, ou não tenho um relacionamento legal..."; dizem adeus a alguém que nem ao menos pediu para ser gerado.
É lamentavél a consciência humana que age desumanamente em relação ao próximo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

" Todo relacionamento é um casamento?"

Todo relacionamento é um casamento, a cumplicidade que temos hoje em dia nas relações, fazem delas uma troca constante de conhecimentos, uma vida vivida a dois , por inúmeras pessoas.
Assistindo o " Café filosófico" na cultura cheguei a esta conclusão.
O Ser Humano vive constantemente casado, seja com amigos, emprego, coisas do cotidiano.Temos uma visão ampla de algo que é tão estreito, nos doamos intensamente a relações que nem ao menos sabemos qual é. Mudamos o conceito de uma palavra, devido a atitudes e conceitos errados.
Na verdade mudamos o conceito do mundo por atitudes erradas, mapeamos uma forma de viver na qual o certo e o errado, já não tem um abismo os separando.
Praticamos, conceituamos, vivemos de uma forma que não sabemos qual é.
Isso torna impossivél no futuro, (que nem precisa ser tão futuro assim),tentarmos entender o rumo que o mundo está tomando, tentar resolver problemas, através de atitudes que hoje todos contribuímos para que se formassem, é o senso comum do : aqui se planta aqui se colhe.
Precisamos abrir os olhos para compreender que tipo de mundo estamos formando, mesmo que pareça ser uma mera atitude de ingenuidade, conceituar toda e qualquer relação como um casamento.O problema é a que tipo de coisas estamos nos "casando", quando na verdade o princípio da palavra casamento está em unir-se a outra pessoa e não a outras coisas. A troca de conhecimentos esperada em um relacionamento só vira se mantermos os relacionamentos.

sábado, 17 de novembro de 2007

" Ainda que..."

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e näo tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e näo tivesse amor, nada seria.

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e näo tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor näo é invejoso; o amor näo trata com leviandade, näo se ensoberbece.

5 Näo se porta com indecência, näo busca os seus interesses, näo se irrita, näo suspeita mal;

6 Näo folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, seräo aniquiladas; havendo línguas, cessaräo; havendo ciência, desaparecerá;

9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

10 Mas, quando vier o que é perfeito, entäo o que o é em parte será aniquilado.

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas entäo veremos face a face; agora conheço em parte, mas entäo conhecerei como também sou conhecido.

13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
(1 Coríntios -13)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

" Pensamentos distantes"

"As vezes existem caminhos que nossas vidas tomam que nem ao menos sabemos qual é, é díficil explicar uma transformação quando ela é com nós mesmos.
Só espero que esta transformação pela qual estou passando, seja compreendida. Não optamos por mudar, o universo muda sem nossa opinião, mas através de nossas necessidades."

terça-feira, 13 de novembro de 2007

"Desabafo"

Já chorei de rir, já ri sem chorar e já chorei sem ao menos pensar em rir...
Fiz muitos amigos, inimigos que não escolhi, vivi, aprendi, evolui como ser humano com toda certeza.
Infelizmente não escolhemos nosso futuro, ou felizmente?
Se amei? nossa muito, nem sei como.
Tive todas as emoções que alguém pode ter, mesmo não acreditando nelas algumas vezes.
Se sofri? nem imagina o quanto.
Mas nem imagina também o quanto venci. E hoje enquanto o mundo conspira contra, eu conspiro a favor, a favor de estar feliz, viver, amar a Deus sobre todas as coisas.
Por que a vida é uma passagem de ida, para um lugar que só levamos as bagagens, bagagens estas que definirão o destino da viagem.
Tenho buscado fazer as melhores bagagens possivél, mas nem sempre acerto, afinal quem é perfeito?
Porém mesmo com esta certeza de que erramos parece equivocado querer acertar neh? Pois não é, alguém muito especial se fez homem e nos mostrou a perfeição...mesmo com todas as adversidades da vida, Jesus foi perfeito e deixou o caminho para a perfeição...e ainda temos receio em seguir este caminho...
...

Hoje fui desligada da empresa, senti todas essas emoções que descrevi, mas acima de tudo senti uma única emoção que jamais havia sentido antes, o amor de Deus me amparando me fortalecendo, me guiando e isso é inexplicavél...mas adoravél....
Não é justo muitas coisas na vida, porque vemos estas coisas com os olhos de injustos.
Deixe Deus olhar para sua vida com a justiça que somente Ele tem!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

"Momento tipo assim"

"A essência da vida é sempre estar apaixonado, o problema é que as pessoas colocam isto como algo que doesse, e sofrem porque se apaixonam, amam da maneira errada..."

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"Sinto sua falta..."

Hoje me deparei com mais uma mudança em minha vida, e é incrivél como todas as vezes que passo por alguma mudança começo a pensar no passado.
Faltam 10 dias para o vestibular da Unicamp, sinto medo, insegurança mas ao mesmo tempo um alívio de ter conseguido chegar até aqui.
Especialmente hoje, e não sei porque acordei com uma saudade imensa de minha mãe, nossa só de pensar que já se passaram praticamente 7 anos sem a sua presença, é triste angústiante, mas recordar é viver. E vivo com a lembrança de uma pessoa maravilhosa, guerreira e muito sábia. Quantas coisas me ensinou mesmo sem que eu imaginasse ser um ensinamento, quantas palavras ditas na hora certa, e quantos atos feitos na hora exata.
Só mãe mesmo para ter tamanha precisão, compreensão e humildade.
Sinto falta de ouvir sua voz, seu sorriso e até mesmo suas broncas, sinto falta de sua presença, mas sei que está na presença de Deus, e isso me conforta.
Começei a pensar na minha infância e muitas recordações boas me vieram a mente, as ruins também, mas estas deixo de lado, pois já sofri muito com isso.
Quando criança detestava ficar no colo, era muito ativa, sempre correndo, mas minha mãe por vezes me pôs em seu colo para simplesmente me acariciar a nuca, como é estranho ser criança, a gente não compreende a imensidão de uma atitude, hoje um simples gesto materno me faz derramar lágrimas, de arrependimento, por não saber que deveria ter dado mais valor a momentos como este.
Afinal, com tantos problemas do cotidiano, e com uma família tão grande ela conseguia ser o suporte de nossas vidas, e fazia isto com muita garra.
Ao pensar nestas coisas, não fico mais triste como antes, agora sinto como se fosse uma alavancada para superar tudo o que tem por vir, já que o que passou – passou e conseguimos superar, só nos resta lembrar com carinho de um tempo bom, mas que não volta mais.
Por isso sempre frizo a importância de “amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”, sei que amei minha mãe intensamente todos os momentos que vivemos juntas, sei também que nunca me imaginei sem ela , e hoje vejo um reflexo dela em minhas atitudes e desejos, me orgulho disso e fico feliz por ter a oportunidade de viver e reconhecer como é maravilhoso isso.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"Seres humanos de uma vida virtual"

Começei a ler o blog de uma amiga, no qual explicava o motivo de se desligar do orkut.
Então comecei a pensar sobre o assunto.
Estamos em um estágio na sociedade, em que as pessoas perderam seus elos pessoais, se apegam diariamente as coisas virtuais, sites de relacionamentos, blogs, e-mails dentre outras coisas.
A moda é estar conectado...Mas conectado a que?
Sinto o ser humano, cada vez mais necessitado de humanos, porém aos invés de se relacionarem pessoalmente aumentam ainda mais a distância uns dos outros.
As pessoas ( e eu estou incluída nestas pessoas) conversam com seus teclados, postando em seus blogs coisas sobre suas vidas, com o intuito de que seus “amigos”leiam , como se suas vidas fossem tão importantes a ponto de outras pessoas perderem tempo lendo sobre elas, ou pior, falam de seus problemas como sendo de outras pessoas, através de apelidos, codinomes, como se encenassem para serem vistos.
Não estou fazendo uma política anti- internet, só acredito que como eu muitas pessoas necessitam se expressar, mas as ligações que mantemos hoje com o mundo real já não nos permite simplesmente falar.
O cotidiano requer práticas individuais que acabam nos distanciando de amigos, parentes, casa – vida social. Mas até que ponto contribuímos para esta vida individual?
Será que devemos rever nossos conceitos? Por que não?
Devemos sim falar sobre situações e coisas que nos angústiam ou nos confundem, mas será que a tela de um computador irá nos mostrar a saída? Não espere a resposta aja, construa amigos sólidos, que ao chorar ampararão suas lágrimas e que com certeza ao sorrir estarão contigo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"É incrivél como as coisas do coração, somente o coração entende..." (Continuação)

Linda finalmente sai de férias, e então inciasse um ciclo sem fim de dúvidas e pertubações na vida de Richard.
Ele já não conseguia esconder seus sentimentos, necessitava falar com ela senti-la diariamente, como isso agora era impossivél, ficava angústiado e ansioso. Em sua casa as brigas aumentavam, vivia um transtorno que só alimentava ainda mais seus sentimentos em relação a Linda.
Encontrava sempre um jeito de falar com ela, o único problema era seu marido, afinal ela estava em casa.Ela descrevia seus problemas conjugais para ele que por vezes emprestou dinheiro a ela, mesmo quando isso era um pouco difícil, ele sempre estava disposto a ajudá-la.
Sua gravidez não estava indo muito bem, corria riscos, e por isso foi instruída para cumprir sua gestação em casa, agora o que era alguns dias se transforma em meses.
Richard ainda mais desesperado, começa a perder as esperaças de revê-la.
Com tanto tempo distante, começam a surgir alguns boatos de sua amada, coisas que foram escondidas por meses, e outras que Richard se negava a enxergar.
Quantas vezes em pranto ela lhe pedia dinheiro, e quantas vezes, quantas consultas a médicos que jamais existiram...
Sinicamente ela o traía, era uma dupla falta de moral, tinha um marido, um amante e não se contentou com isso, começou a trair seu próprio amante.Como pode alguém ser tão sem escrupúlos? E seu filho, afinal de quem seria?
Como se não bastasse Richard descobre, que tudo o que conversavam ou faziam ela relatava a uma amiga, discaradamente sem se preocupar com seus sentimentos.Acabado, humilhado, envergonhado....assim ele se sentia, como pode ser tão ingênuo, amou a pessoa errada na hora errada e da forma errada, traiu sua esposa, seus princípios, sua moral. Ele já não existia ou melhor queria não existir.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

"É incrivél como as coisas do coração somente o coração entende..."

Richard, era um homem experiente, com uma vida um pouco transtornada, tinha um emprego muito bom, mas que já não estava lhe rendendo frutos, a não ser o salário.Sua família era convencional com problemas como todas as famílias, mas normal.
A única coisa que ele não esperava era uma rasteira do destino, ou melhor de seu próprio coração.
Linda era sua colega de trabalho, muito eficiente, casada e com filhos.Aos poucos essa amizade começou a crescer, e Richard já não vivia sem suas confidências à Linda e ela sempre presente, visivelmente a melhor amiga que podia ter.
Muitos risos e conversas, passavam a semana inseparavéis, ele a ajudava com todos os problemas que tinha, seja financeiro, emocional, profissional...até perceber que já não mantinha uma relação de amizade com ela e sim a idealizava como mulher, estava apaixonado!!!
Mas como isso foi possivél? E seu casamento? E o casamento de Linda?
Essas perguntas o perseguiam, porém seu amor já havia se solidificado e tudo se resumia em estar ao lado dela, mesmo que para isso precisasse se separar. “Ah se Linda se separasse, viveriamos felizes juntos”.
Mesmo sabendo que isso não seria possivél, continuou a pensar e mais, já não resistia a sua presença, então se declarou, lhe mandou flores deixou expresso seus sentimentos e ideais. Falavam agora abertamente sobre o assunto, planejavam se encontrar, sair para se amarem. Até que um dia deu tudo certo, sairam, se amaram por horas mas voltaram a realidade.
Richard, já não tinha mais uma famíla convencional, com alguns problemas, e sim muitos problemas, sua esposa o sentia cada vez mais distante e isso abalou profundamente sua estrutura. Só que já não se importava com isso, o melhor seria os dias serem somente até a sexta-feira assim veria Linda constantemente. Queria ama-la novamente mas as coisas pareciam mudar, não entendia sua distância, começou a imaginar que ela tinha outro, além do marido.
Linda sairia de férias em poucos dias, ficou louco imaginado como viveria longe dela.Mas nunca imaginou que isso pudesse acontecer, e então ela lhe confessa estar grávida e o pior ou melhor, não era dele e sim de seu marido. Richard pira com seus pensamentos, mas coloca os pés no chão, afinal ela era casada e ele também.
O pior ainda estava por vir... (Continua...)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Um novo caminho - Aneckiny

Se encontrava confusa, seus pensamentos iam e vinham em uma direção desconhecida.Acreditava que havia encontrado a razão de sua existência, estava mais feliz nos últimos dias, mas nesse em especial estava estranha.
Recebeu um convite para visitar uma igreja, na qual descobriu um Deus repleto de amor, misericórdia e luz, estava muito feliz e aprendendo a adorá-lo mutuamente, mas seus pensamentos não a deixavam dormir.
Seu passado, sua vida, seus defeitos a perseguiam, acreditava que devia esquecê-los, mas assim de uma hora para outra? Será que seria capaz de se perdoar e seguir sua vida de amor a Cristo? Afinal se sentiu tocada, chamada por Ele.Talvez Aneckiny se julgasse, se cobrasse muito. O caminho precisa ser trilhado, mas as marcas das trilhas que ficaram no passado não podem ser apagadas, se o futuro caminha para outra trilha basta acompanhá-lo e crer que quem o faz é o Senhor e este sabe qual será o final de sua trilha.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Qual a razão de sua existência?

Uma pergunta a intrigava por vários dias, pensava nela dia e noite, e assim começou a se observar.
Acordava cedo com sua rotina diária já programada, entrava no banheiro e inicava seu banho como algo sagrado, fazia-o lentamente, aproveitando cada minuto e então pensava em sua vida em seus amores, seus ideais e seu problemas, como se lavasse a alma para iniciar o seu dia. Para se vestir era uma rotina interminavél várias vezes se atrasou.Mesmo assim era uma pessoa muito pontual, nada lhe fazia esquecer um compromisso ou o horário dele. Já não ia mais para o serviço de ônibus como antigamente, agora tinha uma carona garantida, era um amigo que trabalhava na mesma empresa, ao contrário dela, ele sim era muito atrasado, mas deixemos isso para depois.
Então continuava o seu dia.
No serviço existiam dias de muita alegria e dias de extrema pressão, as pessoas pareciam fingir constantemente, como se encenassem uma peça; na sua mente isso era devido a falta de opção, pela qual várias pessoas precisavam ou acabavam muitas vezes sem perceber se submetendo.
Ela não era assim, e por isso gerava muita polêmica, e muita inveja. Sempre se destacava nos grupos que frequentava, tinha muitos conhecidos, porém poucos amigos, mas estes amigos eram realmente uma das razões pela qual vivia.
A noite fazia um curso, com a intenção de correr atrás do seu futuro, mas que futuro? Nem ela sabia, mesmo assim seguia sua conciência e muitas vezes ela mesmo achava, que a razão pela qual mantinha uma vida tão corrida, era para se manter fora da realidade, não que a realidade para ela nesta fase de sua vida fosse algo ruim, porém, o passado lhe ensinou muitas coisas e deixou cicatrizes das quais não reclamava.
Quantas vezes se viu sozinha chegando do trabalho, ou do curso e olhava para o céu, com um ar de paz, alívio, esperança, não sabia descrever bem o que era, mas estava feliz apesar de cansada, por vezes sentiu vontade de gritar, chorar, amar... tudo ao mesmo tempo.Mas o que achariam dela? E se alguém ouvissse, uma louca talvez, na rua a meia noite, feliz por olhar para o céu...?
Agora cheguei no ponto crucial da história, na pergunta que mencionara no início.
A pergunta seria basicamente: Qual é sua essência? O que te inspira? Mas prefiro resumir tudo em: Qual a razão de sua existência? Para que acordar todos os dias e seguir esta rotina, o que lhe incentivava?
Estas eram as dúvidas de Aneckiny, uma jovem que estava começando a viver, aprendendo sobre a vida, e já recusava muitas coisas desta vida.
E a pergunta continuava a martelar sua cabeça, com um vai e vêm de respostas que de longe não se encaixavam, como se faltasse algo em seu quebra cabeça da vida.
(Continua....Aneckiny esta começando a se encontrar.)

Aneckiny...

Acordou cedo estava muito nervosa, abriu o caderno e começou a estudar como se fosse recuperar o tempo perdido, tinha uma prova a algumas horas e precisava ir bem, afinal era um processo seletivo para uma vaga com uma ótima remuneração e já estava muito cansada de seu atual emprego,mas isso não vem ao caso agora.
Tomou banho muito rápido, talvez o mais rápido que já tomara, o frio estava intenso e contribuiu para agilidade com a qual se vestira.
Antes que saisse de casa discutiu com sua irmã mais velha como de costume, saiu intrigada, angústiada, mais sabia que tudo era devido a pressão de mais uma prova – mais um teste de seus conhecimentos de sua capacidade.
Para sua sorte o ônibus passou rápido, e lá estava ela prestes a mudar sua vida. Em casa havia feito um rascunho para estudar durante o percurso, aflita mal conseguia parar de olhar no relógio, estava atrasada mas nada que lhe comprometera.
Finalmente chegou no centro agora era só pegar mais um ônibus, e a espera a deixava mais anciosa, no ponto tinham duas mulheres conversando e então começou a prestar atenção no que diziam; uma delas ia para o mesmo local, ótimo agora tinha uma companhia.Mas o ônibus estava demorando já era uma hora de espera, e sua tranquilidade estava ainda mais afetada, começou a pensar em tudo o que estava perdendo, e ficou deseperada com isso, afinal havia se preparado para a prova, não podia perder a oportunidade de buscar uma vida melhor, e seu sonhos, seus ideais onde iriam parar?
Ah...finalmente chegou o ônibus, que alívio!

domingo, 14 de outubro de 2007

Assitir a realidade, é algo irreal...

Esta semana assiti o tão esperado filme: "Tropa de Elite", já havia escutado e lido quase tudo sobre ele, mas o impacto foi enorme.
Fiquei imaginando quantas crianças viram estas imagens, que de uma forma ou de outra influenciam em suas vidas, e pior quantas crianças vivem protagonizando estas imagens, de um filme real, quantas vidas perdidas em nome de algo tão banal.
Perder tempo discutindo se o filme é ou não uma mensagem fascista, faz do Brasil o retrato estampado nas cenas da tv.
Muitas pessoas reagiram violentamente ao choque social que mostra o filme, mas estas mal sabem que o erro não está nas cenas, nas torturas, ou na linguagem do longa, o problema é que somente com choques assim é que essas pessoas enxergam.
Diferente de muitos amigos, não senti vontade de reagir violentamente como os policias do bope, vi algo tão assustador e violento que nem ao menos senti comoção, meu sentimento foi de angústia, de piedade. Por saber que existem pessoas sofrendo muito mais do que eu.
E que quantas vezes reclamamos por futilidades, não agradecemos pelo que temos e somos.
O egoísmo não faz parte de nossa sociedade ele já se tornou a sociedade....

"O Amor"

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa .
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
(Fernando Pessoa)

O Maxista

Acordou assustado com seu celular vibrando e desligou rapidamente, afinal era ela mais uma vez com suas mensagens românticas e sua persistência.Deitou novamente mas sabia que não conseguiria mais dormir, rolou de um lado e do outro e começou a pensar na sua existência.
Ele estava com vinte e pouco anos, com muitas dúvidas e poucas escolhas a fazer, vivia uma vida simples porém complexa.Tinha duas filhas e uma esposa agradavél que sempre o ajudava, mesmo assim não era o suficiente, embalava em um ritmo alucinante de amantes e relacionamentos amorosos “extra conjugais” parecia sempre estar feliz com seus casos - suas mulheres; no seu serviço era sempre bem visto, amigo descontraído e muito eficiente.
Porém deixava sempre todos os que o rodeavam com uma pulga atrás da orelha : será que realmente vivia feliz? seus casos não seriam uma maneira de se esconder dos problemas?
Realmente ele gostava de sua esposa, cuidava de suas filhas na sua maneira,demonstrava carinho e apego por elas.
No entanto, certa vez ficou sozinho, pois cansada de um marido aparentemente presente sua mulher o deixou partindo com suas filhas, e neste momento descobriu e pôs em prova seu amor por ela. Ficou derrotado assustado,mas ela voltou e isso fez com que sua cabeça pirasse num vai e vem de conceitos e reflexões sobre tudo o que fazia.
Mas era jovem demais para acreditar que suas atitudes estavam erradas, maxista achava normal manter vários relacionamentos, muitas vezes ficava dividido sem saber o que realmente estava sentindo e por quem estava sentindo e se preocupava com isso e nada mais.