Uma pergunta a intrigava por vários dias, pensava nela dia e noite, e assim começou a se observar.
Acordava cedo com sua rotina diária já programada, entrava no banheiro e inicava seu banho como algo sagrado, fazia-o lentamente, aproveitando cada minuto e então pensava em sua vida em seus amores, seus ideais e seu problemas, como se lavasse a alma para iniciar o seu dia. Para se vestir era uma rotina interminavél várias vezes se atrasou.Mesmo assim era uma pessoa muito pontual, nada lhe fazia esquecer um compromisso ou o horário dele. Já não ia mais para o serviço de ônibus como antigamente, agora tinha uma carona garantida, era um amigo que trabalhava na mesma empresa, ao contrário dela, ele sim era muito atrasado, mas deixemos isso para depois.
Então continuava o seu dia.
No serviço existiam dias de muita alegria e dias de extrema pressão, as pessoas pareciam fingir constantemente, como se encenassem uma peça; na sua mente isso era devido a falta de opção, pela qual várias pessoas precisavam ou acabavam muitas vezes sem perceber se submetendo.
Ela não era assim, e por isso gerava muita polêmica, e muita inveja. Sempre se destacava nos grupos que frequentava, tinha muitos conhecidos, porém poucos amigos, mas estes amigos eram realmente uma das razões pela qual vivia.
A noite fazia um curso, com a intenção de correr atrás do seu futuro, mas que futuro? Nem ela sabia, mesmo assim seguia sua conciência e muitas vezes ela mesmo achava, que a razão pela qual mantinha uma vida tão corrida, era para se manter fora da realidade, não que a realidade para ela nesta fase de sua vida fosse algo ruim, porém, o passado lhe ensinou muitas coisas e deixou cicatrizes das quais não reclamava.
Quantas vezes se viu sozinha chegando do trabalho, ou do curso e olhava para o céu, com um ar de paz, alívio, esperança, não sabia descrever bem o que era, mas estava feliz apesar de cansada, por vezes sentiu vontade de gritar, chorar, amar... tudo ao mesmo tempo.Mas o que achariam dela? E se alguém ouvissse, uma louca talvez, na rua a meia noite, feliz por olhar para o céu...?
Agora cheguei no ponto crucial da história, na pergunta que mencionara no início.
A pergunta seria basicamente: Qual é sua essência? O que te inspira? Mas prefiro resumir tudo em: Qual a razão de sua existência? Para que acordar todos os dias e seguir esta rotina, o que lhe incentivava?
Estas eram as dúvidas de Aneckiny, uma jovem que estava começando a viver, aprendendo sobre a vida, e já recusava muitas coisas desta vida.
E a pergunta continuava a martelar sua cabeça, com um vai e vêm de respostas que de longe não se encaixavam, como se faltasse algo em seu quebra cabeça da vida.
(Continua....Aneckiny esta começando a se encontrar.)
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
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