segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"É incrivél como as coisas do coração, somente o coração entende..." (Continuação)

Linda finalmente sai de férias, e então inciasse um ciclo sem fim de dúvidas e pertubações na vida de Richard.
Ele já não conseguia esconder seus sentimentos, necessitava falar com ela senti-la diariamente, como isso agora era impossivél, ficava angústiado e ansioso. Em sua casa as brigas aumentavam, vivia um transtorno que só alimentava ainda mais seus sentimentos em relação a Linda.
Encontrava sempre um jeito de falar com ela, o único problema era seu marido, afinal ela estava em casa.Ela descrevia seus problemas conjugais para ele que por vezes emprestou dinheiro a ela, mesmo quando isso era um pouco difícil, ele sempre estava disposto a ajudá-la.
Sua gravidez não estava indo muito bem, corria riscos, e por isso foi instruída para cumprir sua gestação em casa, agora o que era alguns dias se transforma em meses.
Richard ainda mais desesperado, começa a perder as esperaças de revê-la.
Com tanto tempo distante, começam a surgir alguns boatos de sua amada, coisas que foram escondidas por meses, e outras que Richard se negava a enxergar.
Quantas vezes em pranto ela lhe pedia dinheiro, e quantas vezes, quantas consultas a médicos que jamais existiram...
Sinicamente ela o traía, era uma dupla falta de moral, tinha um marido, um amante e não se contentou com isso, começou a trair seu próprio amante.Como pode alguém ser tão sem escrupúlos? E seu filho, afinal de quem seria?
Como se não bastasse Richard descobre, que tudo o que conversavam ou faziam ela relatava a uma amiga, discaradamente sem se preocupar com seus sentimentos.Acabado, humilhado, envergonhado....assim ele se sentia, como pode ser tão ingênuo, amou a pessoa errada na hora errada e da forma errada, traiu sua esposa, seus princípios, sua moral. Ele já não existia ou melhor queria não existir.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

"É incrivél como as coisas do coração somente o coração entende..."

Richard, era um homem experiente, com uma vida um pouco transtornada, tinha um emprego muito bom, mas que já não estava lhe rendendo frutos, a não ser o salário.Sua família era convencional com problemas como todas as famílias, mas normal.
A única coisa que ele não esperava era uma rasteira do destino, ou melhor de seu próprio coração.
Linda era sua colega de trabalho, muito eficiente, casada e com filhos.Aos poucos essa amizade começou a crescer, e Richard já não vivia sem suas confidências à Linda e ela sempre presente, visivelmente a melhor amiga que podia ter.
Muitos risos e conversas, passavam a semana inseparavéis, ele a ajudava com todos os problemas que tinha, seja financeiro, emocional, profissional...até perceber que já não mantinha uma relação de amizade com ela e sim a idealizava como mulher, estava apaixonado!!!
Mas como isso foi possivél? E seu casamento? E o casamento de Linda?
Essas perguntas o perseguiam, porém seu amor já havia se solidificado e tudo se resumia em estar ao lado dela, mesmo que para isso precisasse se separar. “Ah se Linda se separasse, viveriamos felizes juntos”.
Mesmo sabendo que isso não seria possivél, continuou a pensar e mais, já não resistia a sua presença, então se declarou, lhe mandou flores deixou expresso seus sentimentos e ideais. Falavam agora abertamente sobre o assunto, planejavam se encontrar, sair para se amarem. Até que um dia deu tudo certo, sairam, se amaram por horas mas voltaram a realidade.
Richard, já não tinha mais uma famíla convencional, com alguns problemas, e sim muitos problemas, sua esposa o sentia cada vez mais distante e isso abalou profundamente sua estrutura. Só que já não se importava com isso, o melhor seria os dias serem somente até a sexta-feira assim veria Linda constantemente. Queria ama-la novamente mas as coisas pareciam mudar, não entendia sua distância, começou a imaginar que ela tinha outro, além do marido.
Linda sairia de férias em poucos dias, ficou louco imaginado como viveria longe dela.Mas nunca imaginou que isso pudesse acontecer, e então ela lhe confessa estar grávida e o pior ou melhor, não era dele e sim de seu marido. Richard pira com seus pensamentos, mas coloca os pés no chão, afinal ela era casada e ele também.
O pior ainda estava por vir... (Continua...)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Um novo caminho - Aneckiny

Se encontrava confusa, seus pensamentos iam e vinham em uma direção desconhecida.Acreditava que havia encontrado a razão de sua existência, estava mais feliz nos últimos dias, mas nesse em especial estava estranha.
Recebeu um convite para visitar uma igreja, na qual descobriu um Deus repleto de amor, misericórdia e luz, estava muito feliz e aprendendo a adorá-lo mutuamente, mas seus pensamentos não a deixavam dormir.
Seu passado, sua vida, seus defeitos a perseguiam, acreditava que devia esquecê-los, mas assim de uma hora para outra? Será que seria capaz de se perdoar e seguir sua vida de amor a Cristo? Afinal se sentiu tocada, chamada por Ele.Talvez Aneckiny se julgasse, se cobrasse muito. O caminho precisa ser trilhado, mas as marcas das trilhas que ficaram no passado não podem ser apagadas, se o futuro caminha para outra trilha basta acompanhá-lo e crer que quem o faz é o Senhor e este sabe qual será o final de sua trilha.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Qual a razão de sua existência?

Uma pergunta a intrigava por vários dias, pensava nela dia e noite, e assim começou a se observar.
Acordava cedo com sua rotina diária já programada, entrava no banheiro e inicava seu banho como algo sagrado, fazia-o lentamente, aproveitando cada minuto e então pensava em sua vida em seus amores, seus ideais e seu problemas, como se lavasse a alma para iniciar o seu dia. Para se vestir era uma rotina interminavél várias vezes se atrasou.Mesmo assim era uma pessoa muito pontual, nada lhe fazia esquecer um compromisso ou o horário dele. Já não ia mais para o serviço de ônibus como antigamente, agora tinha uma carona garantida, era um amigo que trabalhava na mesma empresa, ao contrário dela, ele sim era muito atrasado, mas deixemos isso para depois.
Então continuava o seu dia.
No serviço existiam dias de muita alegria e dias de extrema pressão, as pessoas pareciam fingir constantemente, como se encenassem uma peça; na sua mente isso era devido a falta de opção, pela qual várias pessoas precisavam ou acabavam muitas vezes sem perceber se submetendo.
Ela não era assim, e por isso gerava muita polêmica, e muita inveja. Sempre se destacava nos grupos que frequentava, tinha muitos conhecidos, porém poucos amigos, mas estes amigos eram realmente uma das razões pela qual vivia.
A noite fazia um curso, com a intenção de correr atrás do seu futuro, mas que futuro? Nem ela sabia, mesmo assim seguia sua conciência e muitas vezes ela mesmo achava, que a razão pela qual mantinha uma vida tão corrida, era para se manter fora da realidade, não que a realidade para ela nesta fase de sua vida fosse algo ruim, porém, o passado lhe ensinou muitas coisas e deixou cicatrizes das quais não reclamava.
Quantas vezes se viu sozinha chegando do trabalho, ou do curso e olhava para o céu, com um ar de paz, alívio, esperança, não sabia descrever bem o que era, mas estava feliz apesar de cansada, por vezes sentiu vontade de gritar, chorar, amar... tudo ao mesmo tempo.Mas o que achariam dela? E se alguém ouvissse, uma louca talvez, na rua a meia noite, feliz por olhar para o céu...?
Agora cheguei no ponto crucial da história, na pergunta que mencionara no início.
A pergunta seria basicamente: Qual é sua essência? O que te inspira? Mas prefiro resumir tudo em: Qual a razão de sua existência? Para que acordar todos os dias e seguir esta rotina, o que lhe incentivava?
Estas eram as dúvidas de Aneckiny, uma jovem que estava começando a viver, aprendendo sobre a vida, e já recusava muitas coisas desta vida.
E a pergunta continuava a martelar sua cabeça, com um vai e vêm de respostas que de longe não se encaixavam, como se faltasse algo em seu quebra cabeça da vida.
(Continua....Aneckiny esta começando a se encontrar.)

Aneckiny...

Acordou cedo estava muito nervosa, abriu o caderno e começou a estudar como se fosse recuperar o tempo perdido, tinha uma prova a algumas horas e precisava ir bem, afinal era um processo seletivo para uma vaga com uma ótima remuneração e já estava muito cansada de seu atual emprego,mas isso não vem ao caso agora.
Tomou banho muito rápido, talvez o mais rápido que já tomara, o frio estava intenso e contribuiu para agilidade com a qual se vestira.
Antes que saisse de casa discutiu com sua irmã mais velha como de costume, saiu intrigada, angústiada, mais sabia que tudo era devido a pressão de mais uma prova – mais um teste de seus conhecimentos de sua capacidade.
Para sua sorte o ônibus passou rápido, e lá estava ela prestes a mudar sua vida. Em casa havia feito um rascunho para estudar durante o percurso, aflita mal conseguia parar de olhar no relógio, estava atrasada mas nada que lhe comprometera.
Finalmente chegou no centro agora era só pegar mais um ônibus, e a espera a deixava mais anciosa, no ponto tinham duas mulheres conversando e então começou a prestar atenção no que diziam; uma delas ia para o mesmo local, ótimo agora tinha uma companhia.Mas o ônibus estava demorando já era uma hora de espera, e sua tranquilidade estava ainda mais afetada, começou a pensar em tudo o que estava perdendo, e ficou deseperada com isso, afinal havia se preparado para a prova, não podia perder a oportunidade de buscar uma vida melhor, e seu sonhos, seus ideais onde iriam parar?
Ah...finalmente chegou o ônibus, que alívio!

domingo, 14 de outubro de 2007

Assitir a realidade, é algo irreal...

Esta semana assiti o tão esperado filme: "Tropa de Elite", já havia escutado e lido quase tudo sobre ele, mas o impacto foi enorme.
Fiquei imaginando quantas crianças viram estas imagens, que de uma forma ou de outra influenciam em suas vidas, e pior quantas crianças vivem protagonizando estas imagens, de um filme real, quantas vidas perdidas em nome de algo tão banal.
Perder tempo discutindo se o filme é ou não uma mensagem fascista, faz do Brasil o retrato estampado nas cenas da tv.
Muitas pessoas reagiram violentamente ao choque social que mostra o filme, mas estas mal sabem que o erro não está nas cenas, nas torturas, ou na linguagem do longa, o problema é que somente com choques assim é que essas pessoas enxergam.
Diferente de muitos amigos, não senti vontade de reagir violentamente como os policias do bope, vi algo tão assustador e violento que nem ao menos senti comoção, meu sentimento foi de angústia, de piedade. Por saber que existem pessoas sofrendo muito mais do que eu.
E que quantas vezes reclamamos por futilidades, não agradecemos pelo que temos e somos.
O egoísmo não faz parte de nossa sociedade ele já se tornou a sociedade....

"O Amor"

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa .
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
(Fernando Pessoa)

O Maxista

Acordou assustado com seu celular vibrando e desligou rapidamente, afinal era ela mais uma vez com suas mensagens românticas e sua persistência.Deitou novamente mas sabia que não conseguiria mais dormir, rolou de um lado e do outro e começou a pensar na sua existência.
Ele estava com vinte e pouco anos, com muitas dúvidas e poucas escolhas a fazer, vivia uma vida simples porém complexa.Tinha duas filhas e uma esposa agradavél que sempre o ajudava, mesmo assim não era o suficiente, embalava em um ritmo alucinante de amantes e relacionamentos amorosos “extra conjugais” parecia sempre estar feliz com seus casos - suas mulheres; no seu serviço era sempre bem visto, amigo descontraído e muito eficiente.
Porém deixava sempre todos os que o rodeavam com uma pulga atrás da orelha : será que realmente vivia feliz? seus casos não seriam uma maneira de se esconder dos problemas?
Realmente ele gostava de sua esposa, cuidava de suas filhas na sua maneira,demonstrava carinho e apego por elas.
No entanto, certa vez ficou sozinho, pois cansada de um marido aparentemente presente sua mulher o deixou partindo com suas filhas, e neste momento descobriu e pôs em prova seu amor por ela. Ficou derrotado assustado,mas ela voltou e isso fez com que sua cabeça pirasse num vai e vem de conceitos e reflexões sobre tudo o que fazia.
Mas era jovem demais para acreditar que suas atitudes estavam erradas, maxista achava normal manter vários relacionamentos, muitas vezes ficava dividido sem saber o que realmente estava sentindo e por quem estava sentindo e se preocupava com isso e nada mais.